sexta-feira, 22 de junho de 2012

RESENHA: Caçadores de Bruxas - Dragões de Éter 1



Nome: Caçadores de Bruxas - Dragões de Éter 1
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Páginas: 440
Links: Skoob
Comparando preços: Por R$37,90 no Shoptime ou o box da trilogia por R$35,90 no Submarino

Simopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.



Vou ser sincero: comecei a ler Caçadores de Bruxas sem nenhuma expectativa. Já havia lido alguns comentários elogiando o livro, o autor, mas eu estava inseguro. Inseguro por abordar um tema que a princípio parece bobo, mas principalmente por ser de um autor nacional!
Sim, eu me odeio por ter esse certo preconceito, mas acho que todos já tivemos um dia. Me senti estúpido ao terminar o livro e tê-lo julgado anteriormente por ser feito por um brasileiro, como eu e talvez você. As palavras nas mãos de Raphael Draccon (guardem esse nome) viram obras de arte elaboradas, poesias que se entrelaçam e enchem nossos olhos e corações com tensão e com a vontade de que tudo dê certo. Sem dúvidas, é um dos melhores livros que já li e recomendo para quem quer ler um bom livro nacional.
Pude notar alguns vícios na escrita do autor, como a palavra “maldito”, mas nada que atrapalhe a leitura. Ah, e não se irritem por encontrarem algumas histórias jogadas sem nexo no meio de momentos importantes. Raphael nunca cria algo simplesmente por criar, e num futuro aquela cena terá um significado gigante. Nada é desperdiçado, e você ainda verá detalhes na página 400 que foram contados na página 100.
O livro é narrado em uma época medieval, então você já sabe o que esperar: muitas mortes. E mortes que te deixam com o coração sangrando à ponto de querer entrar em Nova Ether e impedir que aquilo aconteça. É mais uma prova de que Raphael consegue nos transportar para um mundo completamente diferente do nosso.
Embora tenha algumas partes pesadas, o livro não é todo tristeza. Alguns personagens nos arrancam gargalhadas em momentos de tensão, como Ariane e João. A amizade dos dois é quase tão bonita como o romance de Maria e Axel, ela plebeia e ele príncipe.


“Mal sabia ela que os escritores costumavam sofrer na pele muito do que escreviam, e por isso o descreviam tão bem.” – Página 106.



E caso você comece a ler achando que o livro é sobre guerreiros montados em dragões, é melhor tirar o cavalinho da chuva. Na verdade, a única referência aos dragões que achei foi Thuany, a águia-dragão de Axel, que o acompanha e o protege.
Dragões de Éter é de longe uma obra de arte, digna dos mais ensurdecedores aplausos. Tem tudo que uma história precisa para conquistar seu público: uma escrita maravilhosa, personagens cativantes e tensão do início ao fim. “Caçadores de Bruxas” é o primeiro livro de uma trilogia, que já tenho e mal espero para devorar os seguintes!



8 comentários:

  1. Interessante!

    apesar desse tipo de leitura nao fazer muito o meu tipo.

    mas achei legal!!

    Shoow!

    comenta la : http://blogdoitalogomes.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Já tive esse preconceito também kk acho que ainda tenho um pouco, porém tenho livros brasileiros na minha lista, mas há muitos na frente então, sem discussões... Eu fiquei até interessado na história e ia comprá-lo, mas achei um que queria a séculos então desisti, porém ele certamente está na minha lista de compras esperando sua hora... Ótima resenha ^^

    ResponderExcluir
  3. Show, adoro ler!
    Adorei o blog!

    Participe do grupo no Facebook Blogger e Wordpress – Brasil®. Onde você poderá conhecer os blogueiros de todo país, comentar as melhores postagens, fazer novos parceiros, debater sobre as novas ideias, descobrir novos gadgets, divulgar seu blog e fazê-lo bem visível e acessado. ACESSE PELO MEU BLOG!

    Abraço

    ResponderExcluir
  4. Realmente uma nova linguagem pra mim.

    ResponderExcluir
  5. pra quem gosta de ler livros parece ser bom

    ResponderExcluir
  6. Não gosto muito desse tipo de livro.
    Sinto falta de autores como Camus, Kafka, Steinbeck, Kerouac. Esses sim nos faziam pensar demais!

    ResponderExcluir
  7. Também tenho esse preconceito quando falam em livro ou filme nacional, mas acho que é um pouco de receio, não sei... Enfim, já ouvi falar bem desse livro, acho que vou ler também, obrigada pela dica.

    http://instantevivido.blogspot.com

    ResponderExcluir

Comente o que quiser, desde que mantenha o respeito. Deixe o nome de seu blog ou o link, e assim que pudermos estaremos retribuindo o comentário. Obrigado por ler e comentar o post!