Nome: Cidade dos Ossos - Os Instrumentos Mortais 1
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Records
Links: Skoob
Comparando preços: por R$28,90 no Ponto Frio
Cassandra Clare é muito louca!
“Cidade dos Ossos” foi, sem
dúvida alguma, um dos livros mais intensos que já li. Comecei a lê-lo sem
expectativas, mal sabia sobre a história, mas algo me encantava no que eu tinha
ouvido falar. Depois de ler muitas resenhas e ver alguns vídeos sobre a saga,
decidi comprar os três primeiros livros de Os Instrumentos Mortais e não me
arrependo. A autora conseguiu juntar anjos, demônios, lobos, vampiros, fadas e
feiticeiros na mesma história e mesmo assim não se perdeu em nenhum momento.
Numa noite qualquer, Clary e seu
melhor amigo, Simon vão para uma balada em Nova York, chamada Pandemônio. Tudo
parecia completamente normal: pessoas dançavam, suavam, se beijavam, mas Clary
viu e sentiu uma movimentação estranha se direcionando à um local escondido da
boate. A garota acaba entrando numa espécie de galpão e testemunha um
assassinato, cometido por pessoas que só ela era capaz de ver. Dias depois,
acaba tendo uma discussão com a mãe e novamente encontra um dos assassinos que
viu no Pandemônio, e que só ela via. Assim, descobre que o nome do garoto é
Jace.
A principio, não gostei muito de
Jace. Ele tem um ego inflado, respostas na ponta da língua e age como um
completo babaca, mas minha opinião mudou muito quando cheguei na metade do
livro, já que é compreensível que ele seja assim: aos 10 anos de idade, teve de
ver o pai morrer e se mudou para a casa de estranhos.
“- O sarcasmo é o
refúgio dos fracos – Clary disse a Jace.
- Não consigo evitar.
Uso minha sagacidade para esconder minha dor interna.”
Página 169.
Com Clary foi semelhante, mas
acabei gostando dela antes do que imaginava. A personagem foi bem construída,
mas é irritante como a autora faz questão de sempre afirmar que Clary é uma
menina diferente, que gosta de mangás e desenha. Algumas atitudes da garota
também foram bem questionáveis, do tipo
que você sente vontade de entrar no livro e dar uns tabefes na cara dela.
“- Olha quem fala de egoísmo –
ela sibilou tão perfidamente que ele deu um passo para trás. – Você não se
importa com ninguém além de você, Alec Lightwood. Não é a toa que você não
matou demônio algum, você é medroso demais.
Alec pareceu espantado.
- Quem disse isso?
- Jace.
Ele parecia ter levado um tapa na
cara.
- Não. Ele não diria isso.
- Ele disse – ela podia ver o
quanto o estava machucando, e se sentiu feliz com isso. Mais alguém tinha que
sofrer, só para variar um pouco.”
Páginas 288 e 289.
Diferente de @mor, os personagens
secundários de Cidade dos Ossos não me encantaram. É como se a autora tivesse
se esforçado demais na construção dos principais e esquecido de todos os outros
que ajudam a história a andar. Um dos pontos negativos do livro é esse: a falta
de carisma das outras espécies que não sejam nephilins.
O sarcasmo é uma das melhores
coisas do livro, e 100% desse artifício é usado por Jace. Ele é o único
personagem que me fez rir em momentos de tensão. Sua implicância com Simon é
algo infantil, beirando ao cômico.
“- Você não tem carteira de
motorista e carro? – Alec perguntou a Clary, olhando para ela com ódio
mascarado – Pensei que todos os mundanos tinham essas coisas.
- Não com 15 anos. [...] Pelo menos meus amigos podem dirigir. Simon
tem carteira, mas ele não tem carro.
- Mas ele dirige o carro dos
pais? – perguntou Jace.
Clary suspirou, encostando-se na
mesa.
- Não. Geralmente ele dirige a
van do Eric. Para shows e coisas do tipo. Às vezes o Eric empresta para outros
fins. Se ele tiver um encontro com alguma garota, por exemplo.
Jace riu desdenhosamente.
- Ele busca garotas de van? Não é
à toa que faz tanto sucesso com elas.
- É um carro – corrigiu Clary. –
Você só está com raiva porque ele tem algo que você não tem.
- Ele tem várias coisas que eu
não tenho. Miopia, falta de postura e uma falta de coordenação assustadora.”
Página 318.
Me decepcionei um pouco não com a
história, mas com os erros na tradução e na supervisão dos textos. Algumas
frases tem palavras faltando, faltam travessões e algumas aspas não tem fim.
São pequenos detalhes, mas que te fazem diminuir o ritmo da leitura. Fora isso,
recomendo muito Cidade dos Ossos. Foi uma leitura gostosa para mim, mesmo que
não tenha sido rápida. Mal posso esperar para ler sua continuação!
Resenha muito boa, como sempre ^^ tenho que admitir que tenho uma queda profunda por livros com sarcasmos, por isso que gosto tanto de As Crônicas de Kane(Sadie <3), aqueles que te tira risadas loucas do livro nos momentos mais espantosos, etc... Vou admitir que já queria pegar o livro e sair correndo só pela capa :P mas agora você me deu outra razão e motivo para comprar o livro :)
ResponderExcluir@FamiliaVoraz
Oi, Alexandro.
ExcluirO livro é MUITO sarcástico, e ouvi falar que Anjo Mecânico (spin-off de Os Instrumentos Mortais) também segue essa mesma linha. Mal posso esperar para lê-lo, já que ele também tem uma capa tão linda quanto os outros livros. Compre sim, mas não agora, porque o Submarino vive fazendo promoções. Já achei ele por R$9,99!
Abraços,
Gabriel.
Resenha ótima Gabe! Também tive as mesmas impressões, só que minhas expectativas já estavam altas por causa da propaganda dos blogueiros e eu não entrei no ritmo da história tão rápido... :x
ResponderExcluirBeijos!
Natalia Leal
http://www.paginas-encantadas.blogspot.com
Eu AMO essa série, acho que já te falei isso umas mil vezes, mas é a pura verdade! Cidade dos Ossos foi ótimo para mim, meus personagens favoritos são Jace e Magnus <33 Hahaha (Odeio a Clary)
ResponderExcluirMas com o passar dos livros da série, cada vez vai ficando melhor! Cidade de Vidro é PERFEITO! É o MELHOR na minha opinião! Você deve ler logo, sério! Hahaha
Á proposito, adorei sua resenha! Muito bem escrita! ;)
Beijos!
Cynthia
http://garotaqueamaler.blogspot.com.br/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu li esse faz bastante tempo, mas eu gostei. Acho que ela tem mais chance de "aprofundar" os outros personagens nos próximos livros. Eu lembro que nesse eu nem gostava da Isabelle, mas no terceiro ficaria mais feliz até se a história fosse dela em vez da Clary hUAH ao mesmo tempo que a Clary me irritou muito no terceiro '-'
ResponderExcluirmas é um livro bem legal, gostei muito de como a autora relativiza a ideia de vilão